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Quais frameworks JavaScript, Python e Java atualizar em 2025

Aquele sistema que está rodando há três anos em uma versão antiga do React. A API em Django 2.2 que “funciona perfeitamente, não precisa mexer”. O backend Java que ninguém quer tocar porque “está estável assim”.

Se essa realidade parece familiar, você não está sozinho. A questão é: adiar atualização de frameworks resolve alguma coisa? A resposta curta é não. A longa envolve vulnerabilidades de segurança, equipes desmotivadas e custos que só aumentam.

Segundo o estudo “Breaking technical debt’s vicious cycle to modernize your business”, da McKinsey, baseado na análise de mais de 200 projetos, a dívida técnica custa em média US$ 306 mil por ano para cada milhão de linhas de código, o equivalente a 5.500 horas de desenvolvimento desperdiçadas. Os frameworks desatualizados são uma das principais fontes desse problema.

Vamos direto ao que importa: o que precisa de atenção em 2025? A NextAge te responde nesse artigo.

Por que 2025 pede atenção especial?

Mão digitando em um notebook com um editor de código aberto sobre uma mesa de madeira.

Este ano concentra o fim de suporte de versões importantes em diversas tecnologias. Quando uma versão atinge o EOL (End of Life), ela simplesmente para de receber patches de segurança. Nenhuma correção, nenhuma atualização, nenhuma garantia. O OWASP (Open Web Application Security Project) lista “Componentes Vulneráveis e Desatualizados” como a categoria A06 em seu Top 10 de riscos de segurança, destacando que esta é uma das vulnerabilidades mais exploradas atualmente.

Além disso, o mercado de desenvolvedores mudou. Profissionais qualificados querem trabalhar com tecnologias atuais. Manter sistemas em versões antigas pode dificultar a atração e retenção de talentos. Ainda segundo a mesma pesquisa da McKinsey citada anteriormente, CIOs estimam que a dívida técnica representa de 20% a 40% do valor de todo o patrimônio tecnológico das empresas, e frameworks obsoletos estão no centro desse número.

O que podermos tirar disso é que postergar atualizações não diminui o trabalho. Apenas o torna mais complexo e caro.

JavaScript: o que está pedindo atualização

React

O ecossistema React passou por mudanças significativas nos últimos anos. Se você ainda está em versões 16 ou 17, há funcionalidades importantes sendo desperdiçadas. A versão 18 trouxe melhorias de performance consideráveis, especialmente com o Concurrent Rendering e Automatic Batching.

O maior desafio costuma ser a migração de class components para hooks, embora não seja obrigatória. Projetos grandes podem fazer isso aos poucos, priorizando componentes críticos.

Angular

O Angular tem um ciclo de EOL acelerado. Cada versão principal recebe suporte por aproximadamente 18 meses. Se você está no Angular 12 ou anterior, está sem suporte há um bom tempo. A versão 17, lançada recentemente, já trouxe mudanças na forma como signals funcionam.

A boa notícia é que o Angular CLI facilita migrações incrementais. A má notícia é que pular várias versões de uma vez aumenta a complexidade exponencialmente.

Vue.js

O Vue 2 chegou oficialmente ao fim do suporte no final de 2023. Aplicações ainda rodando nessa versão estão operando sem rede de segurança. O Vue 3 não é apenas uma atualização, é uma reescrita que melhora performance e oferece Composition API como padrão.

A migração pode ser gradual usando ferramentas como o @vue/compat, que permite rodar código Vue 2 dentro de um projeto Vue 3.

Node.js

As versões LTS (Long Term Support) do Node.js têm ciclo de vida bem definido. Node.js 16 encerrou o suporte em setembro de 2023. Node.js 18, que é LTS até abril de 2025, precisa estar no radar se você ainda não atualizou.

A versão 20 já está em LTS e a 22 entrou recentemente nessa fase. Além de correções de segurança, as versões mais recentes trazem melhorias significativas de performance e suporte a recursos modernos do JavaScript.

Close-up de uma tela com linhas de código coloridas em um editor de programação.

Python: o ecossistema que não para

Django

Django tem uma política de suporte clara. Versões antigas como 2.2 já encerraram seu ciclo há algum tempo. Se você está no Django 3.x, vale checar as datas específicas de EOL da sua versão. Django 4.x trouxe async views nativamente, o que pode impactar positivamente a performance de aplicações com alta concorrência.

As breaking changes entre versões principais são geralmente bem documentadas, facilitando o planejamento da migração.

Flask

Flask é mais conservador em mudanças, o que pode dar uma falsa sensação de segurança. As dependências do Flask, principalmente Werkzeug e Jinja2, também têm seus próprios ciclos de atualização. Manter tudo alinhado é importante para garantir estabilidade e segurança.

FastAPI

FastAPI cresceu rapidamente e virou referência para APIs modernas em Python. Se você está em frameworks mais antigos e precisa de performance para APIs, considerar uma migração pode fazer sentido. A curva de aprendizado é relativamente suave, especialmente para quem já conhece type hints do Python.

Python (a linguagem)

Python 3.7 e 3.8 já estão sem suporte oficial. Rodar aplicações nessas versões significa não ter acesso a patches de segurança. Python 3.11 e 3.12 trouxeram melhorias significativas de velocidade, em alguns casos, ganhos de 10-60% comparado com versões anteriores.

A migração entre versões menores do Python 3.x costuma ser tranquila, especialmente se você mantém boas práticas de código.

Java: o que não pode ficar para trás nas empresas

Spring Boot

O Spring Boot tem uma cadência de releases que exige atenção. Versões antigas podem ter suporte estendido através de contratos comerciais, porém a versão comunitária tem prazos mais curtos. Spring Boot 2.x está caminhando para o fim do suporte, com a versão 3.x já consolidada no mercado.

A migração para Spring Boot 3 pode exigir ajustes relacionados ao Java 17 como baseline mínimo e mudanças no namespace do Jakarta EE (antigo Java EE).

Java (JDK)

As versões LTS do Java são 11, 17 e 21. Se você está rodando Java 8 em produção, e muitas empresas ainda estão, saiba que o suporte público gratuito já encerrou há anos.

Pular diretamente para Java 21 pode parecer tentador, porém dependendo do tamanho da aplicação, fazer etapas intermediárias (11 → 17 → 21) pode ser mais seguro e gerenciável.

Alternativas modernas

Quarkus e Micronaut surgiram como alternativas ao Spring, especialmente para arquiteturas de microsserviços e cloud-native. Não são substituições diretas, porém vale conhecer se você está planejando refatorações maiores ou iniciando novos projetos.

Como priorizar o que atualizar primeiro

Mão digitando em um notebook com um editor de código aberto sobre uma mesa de madeira.

Nem tudo precisa ser atualizado ao mesmo tempo. Uma boa estratégia envolve avaliar:

  • Urgência técnica: versões que já atingiram EOL ou estão prestes a atingir devem ter prioridade máxima. Vulnerabilidades de segurança conhecidas entram nessa categoria.
  • Impacto no negócio: sistemas críticos que lidam com dados sensíveis ou têm alto volume de acessos merecem atenção especial. Um sistema interno usado por cinco pessoas pode esperar mais do que uma API pública.
  • Dependências entre sistemas: atualizar um framework pode criar incompatibilidades com outros sistemas. Mapear essas relações antes de começar evita surpresas desagradáveis.
  • Disponibilidade da equipe: seja realista sobre a capacidade do time. Começar várias atualizações simultaneamente sem recursos suficientes é receita para projetos inacabados.

Uma matriz simples de urgência versus impacto ajuda a visualizar prioridades e tomar decisões mais objetivas.

Armadilhas comuns (e como evitá-las)

  • Subestimar o tempo necessário: atualização de framework não é só rodar um comando. Envolve testes, ajustes, resolução de conflitos e, muitas vezes, refatoração de código legado. Reserve tempo adequado ou o projeto vai estourar o prazo.
  • Testar insuficientemente: “rodou na minha máquina” não é estratégia de teste. Cobertura automatizada, testes de integração e validação em ambiente que simula produção são essenciais.
  • Tentar atualizar tudo de uma vez: a menos que seja um projeto pequeno, atualizar múltiplos frameworks simultaneamente aumenta a superfície de problemas. Abordagens incrementais reduzem riscos.
  • Não documentar as mudanças: três meses depois, ninguém vai lembrar por que determinada decisão foi tomada durante a migração. Documentar o processo, as escolhas e os aprendizados economiza tempo no futuro.
  • Sobrecarregar a equipe interna: este é um ponto crítico. Times de desenvolvimento já estão ocupados mantendo sistemas rodando, corrigindo bugs urgentes, entregando features. O relatório “Developer Coefficient” revelou que 42% da semana de trabalho dos desenvolvedores é gasto lidando com dívida técnica (13,5 horas) e código problemático (3,8 horas), representando US$ 85 bilhões em custo de oportunidade perdido globalmente. Adicionar projetos grandes de atualização sem apoio externo é insustentável.

Quando trazer ajuda externa faz diferença

A realidade de muitas empresas é que as equipes internas estão no limite. Desenvolvedores habilidosos gastam tempo demais apagando incêndios e pouco tempo investindo em melhorias estruturais.

Atualizar frameworks e sistemas não é um trabalho pontual que desaparece em uma semana. Exige planejamento, execução cuidadosa e, acima de tudo, disponibilidade de pessoas qualificadas que possam se dedicar ao projeto sem comprometer as operações do dia a dia.

É aqui que uma parceria estratégica com uma empresa especializada em desenvolvimento pode mudar o jogo. A NextAge tem exatamente a solução que seu negócio precisa, seja squads técnicos dedicados que podem assumir projetos completos de atualização de tecnologia, ou por alocação.

O modelo de squad alocado da NextAge permite que sua equipe interna continue focada nas prioridades do negócio enquanto especialistas cuidam da modernização. Isso inclui análise técnica do estado atual, planejamento de migração, execução e transferência de conhecimento para o time interno.

Para gestores de TI, isso significa transformar um problema que vem sendo adiado em um projeto com cronograma claro, entregas definidas e riscos gerenciados.

Quer entender melhor como a NextAge pode ajudar sua empresa a modernizar a stack de tecnologia sem sobrecarregar seu time? Entre em contato para uma conversa sem compromisso.

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