Se você trabalha com gestão de TI, provavelmente já se pegou naquela situação: projeto acelerando, demandas crescendo e o time atual já está no limite. A pressão vem de todos os lados, do diretor querendo entregas mais rápidas, dos usuários pedindo melhorias e da sua própria consciência dizendo que algo precisa mudar.
Aí vem a pergunta de um milhão: contratar CLT, abrir para PJs ou buscar alocação externa?
Cada modelo tem suas vantagens e armadilhas. Escolher errado pode significar meses de dor de cabeça, estouros de orçamento ou aquele projeto estratégico que simplesmente não sai do papel. Neste texto, vamos destrinchar os três modelos de forma prática para você tomar a melhor decisão para o seu contexto.
CLT: o modelo tradicional
Começando pelo básico: CLT é a contratação formal, para time interno, com carteira assinada e vínculo direto com a empresa. É o modelo que todo mundo conhece, aquele em que o profissional faz parte oficial do quadro.
As vantagens são claras
Você tem controle total sobre o profissional, define horários, prioridades e pode moldá-lo para respirar a cultura da empresa desde o primeiro dia. A estabilidade também conta pontos: um time CLT bem montado tende a ficar mais tempo, construindo conhecimento sobre os sistemas e processos internos.
Agora, as desvantagens podem pesar no bolso
Primeiro, o tempo. Um levantamento global da Gi Group Holding (2024), apontou que 43,7% das empresas brasileiras relatam dificuldades para encontrar profissionais qualificados em TI. Na prática, isso significa processos seletivos que facilmente ultrapassam 30 a 60 dias até ter alguém produtivo.
Segundo, o custo. Um salário de R$ 5.000 para um desenvolvedor pode parecer razoável, certo? Errado. Quando você soma encargos trabalhistas, INSS patronal, FGTS, férias, 13º salário e outros benefícios, esse custo pode saltar para algo entre R$ 8.500 e R$ 10.500 por mês, dependendo do regime tributário da empresa. É quase o dobro.
Terceiro, e talvez o menos comentado: toda a gestão de pessoas fica com você. Onboarding, treinamentos, acompanhamento de performance, gestão de férias, licenças médicas, eventuais conflitos internos e, claro, o turnover. Quando alguém sai, o ciclo recomeça do zero.
Quando CLT faz sentido
Se você tem posições estratégicas de longo prazo, aquele tech lead que vai estar com você pelos próximos anos, por exemplo, e sua empresa já tem uma estrutura de RH robusta para dar suporte, CLT é uma opção sólida.
PJ: o modelo da flexibilidade
Contratar PJ significa trazer alguém como prestador de serviços, numa relação comercial e não trabalhista. Parece simples e flexível no papel, e em parte é.
Os pontos positivos
A contratação é mais rápida que CLT, pois você negocia, assina contrato e pronto. A flexibilidade também é real: contratos podem ser ajustados conforme a necessidade e, teoricamente, os custos são menores, já que você não arca com encargos trabalhistas.
Os problemas aparecem na prática
Primeiro, o risco jurídico. Se o profissional trabalha com exclusividade, tem horário fixo ou recebe ordens diretas como um funcionário comum, você pode estar configurando pejotização. E aí, se houver uma reclamação trabalhista, prepare-se para pagar todos aqueles encargos retroativos, com juros e multas.
Segundo, a rotatividade. Profissionais PJ costumam aceitar outras propostas rapidamente, afinal, não há vínculo formal que os segure. Aquele dev sênior que você treinou por três meses? Pode receber uma oferta melhor e sair de uma semana para outra.
Terceiro, e isso é importante, a gestão continua sendo sua. Você precisa fazer todo o processo seletivo, acompanhar entregas, lidar com ausências não programadas e fazer reposições constantes.
Quando PJ faz sentido
Para demandas pontuais e muito bem definidas, PJ pode funcionar. Aquele especialista em blockchain que você precisa por três meses para um projeto específico? Sim, pode ser um bom caso. A questão é: quantos dos seus problemas são realmente pontuais?
Alocação de squads: o modelo estratégico
Aqui entramos no modelo que tem ganhado cada vez mais popularidade: a alocação de times completos através de empresas especializadas. A ideia é simples, você contrata uma squad pronta, a empresa parceira cuida de toda a gestão de pessoas, e você foca no que realmente importa: entregar resultados.
As vantagens práticas
Velocidade é a primeira delas. Enquanto uma contratação CLT pode levar meses, uma squad alocada pode estar operacional em dias. Nada de abrir vaga, filtrar currículos, fazer cinco rodadas de entrevista e torcer para o candidato aceitar a oferta.
O custo é previsível e escalável. Você sabe exatamente quanto vai pagar por mês e pode ajustar o tamanho do time conforme a demanda aumenta ou diminui. Acabou o projeto? Reduz a equipe. Novo projeto entrando? Expande rapidamente.
A grande virada, porém, é a gestão de pessoas. Férias, licenças, turnover, substituições, treinamentos, tudo isso deixa de ser seu problema. A empresa parceira cuida disso. Um desenvolvedor saiu? A parceira já providencia a substituição sem você precisar parar para recrutar. Alguém tirou férias? Outro profissional já foi escalado.
E o melhor é que os profissionais já chegam experientes e testados. São pessoas que a empresa parceira já conhece, avaliou e colocou em projetos anteriores.
As desvantagens (sim, existem)
Há uma dependência clara: a qualidade do seu time depende da qualidade da empresa que você escolheu como parceira. Por isso, é preciso escolher bem, conversar com outros clientes e entender os processos internos da empresa.
O custo hora/profissional pode parecer maior que um PJ, ou até mesmo do CLT, à primeira vista. Entretanto, no modelo de alocação, você está pagando não só pelo profissional, mas pelo serviço completo de gestão. Quando você coloca na ponta do lápis todos os custos ocultos, recrutamento, treinamento, substituições, gestão de RH, o custo total acaba sendo competitivo e, muitas vezes, menor.
Quando faz sentido
Se você tem projetos com prazo definido, precisa escalar rápido sem aumentar a estrutura interna ou simplesmente quer focar em estratégia e produto ao invés de gestão de pessoas, alocação é o caminho.
A NextAge, por exemplo, trabalha com o conceito de Outsourcing 2.0, montando squads personalizados para cada cliente. Toda a gestão de pessoas fica por conta da empresa, substituições, férias, ausências e desempenho. Você, gerente de TI, foca em definir o produto, acompanhar entregas e garantir que o projeto avance. Sem se preocupar se o dev vai pedir demissão amanhã ou se o QA vai tirar licença médica.
Foco no que realmente importa: entregar resultados
Recapitulando: CLT oferece estabilidade e controle, mas custa caro e demora. PJ traz flexibilidade, porém com rotatividade alta e riscos legais. Alocação entrega velocidade, previsibilidade e tira de você o peso da gestão de pessoas.
O estudo “Demanda de Talentos em TI” da Brasscom projeta que o Brasil precisou de cerca de 797 mil profissionais de tecnologia entre 2021 e 2025, com um déficit anual estimado em 106 mil pessoas. Isso mostra uma coisa: o mercado está apertado e vai continuar assim. Quem conseguir escalar times rápido, sem travar em processos burocráticos, leva vantagem competitiva.
Se você está buscando velocidade, qualidade e quer tirar da sua mesa toda a complexidade de gestão de pessoas, a alocação é o modelo que faz sentido. E é exatamente aí que a NextAge se posiciona como parceira estratégica.
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