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O que é desenvolvimento em código aberto?

Quando você acessa a internet, usa um app de tradução ou até mesmo gera imagens com inteligência artificial, é bem provável que exista código open source por trás. Mas o que isso significa, na prática?

Desenvolvimento aberto, ou open source, é um modelo de criação e evolução de software baseado na colaboração. O código-fonte é aberto, ou seja, qualquer pessoa pode ver, usar, modificar e compartilhar. Mais do que uma questão técnica, é uma filosofia: criar tecnologia de forma transparente, coletiva e acessível.

Isso não quer dizer que todo projeto open source é gratuito ou feito somente por amor à profissão. O que diferencia é o acesso ao código e a possibilidade de contribuir com melhorias, correções ou inovações, em vez de depender de um time fechado e centralizado.

Grupo de desenvolvedores reunidos em frente a múltiplas telas, discutindo e analisando códigos durante uma sessão de trabalho colaborativo, desenvolvendo em código aberto

Por que o open source importa?

Hoje, o desenvolvimento aberto está em praticamente tudo. Bancos de dados, sistemas operacionais, linguagens de programação, navegadores, APIs… O Github, por exemplo, ferramenta usada para versionamento de código no mundo inteiro, é open source.

E o impacto disso é gigantesco. Segundo o estudo “Open Source Security and Risk Analysis” (2025), mais de 90% das empresas de tecnologia utilizam componentes open source em seus produtos. Isso acelera o desenvolvimento, reduz custos, melhora a segurança (sim, o fato de o código estar aberto permite auditorias mais frequentes) e incentiva a inovação constante.

Empresas como Google, Meta, Amazon, Microsoft e Red Hat mantêm centenas de projetos abertos. Não por caridade, mas porque entenderam que compartilhar conhecimento estratégico é, muitas vezes, o caminho mais rápido para evoluir.

Um movimento que democratiza o conhecimento

Um dos maiores méritos do open source é o acesso. Desenvolvedores iniciantes podem aprender diretamente com códigos reais. Estudantes conseguem experimentar tecnologias de ponta sem pagar licenças. Pesquisadores podem testar hipóteses com ferramentas avançadas.

Mais do que ferramentas, o desenvolvimento aberto ensina colaboração: revisão entre pares, padronização, documentação e responsabilidade coletiva.

E esse movimento está ganhando apoio institucional. A ONU, por exemplo, promoveu em 2025 a Open Source Week, reunindo países, empresas e organizações para discutir como o código aberto pode fortalecer a infraestrutura digital pública, especialmente em países em desenvolvimento.

Open source, na prática: o caso do DeepSeek AI

Um ótimo exemplo de como o open source pode quebrar barreiras é o DeepSeek AI.

Desenvolvido por uma empresa chinesa, esse projeto disponibilizou gratuitamente um modelo de linguagem avançado, capaz de competir com sistemas proprietários de grandes empresas. Isso inclui não só o código, mas também os pesos do modelo e uma base de dados extensa para treinamento.

O objetivo foi de tornar a inteligência artificial acessível para pesquisadores, desenvolvedores e empresas menores, que geralmente não teriam acesso a esse tipo de tecnologia. É um passo importante rumo à descentralização da inovação em IA, algo que até pouco tempo atrás parecia restrito a poucos gigantes.

Programador em pé explicando código para uma colega sentada, enquanto analisam uma interface de desenvolvimento exibida em dois monitores.

Os desafios de trabalhar em código aberto

Projetos open source também enfrentam desafios sérios. Muitos dependem do trabalho voluntário de poucas pessoas, o que dificulta a manutenção e evolução constante. Outros têm problemas de governança: como decidir o que entra no código? Quem aprova? Quem organiza?

Há ainda a questão da segurança. Embora o código seja auditável, nem sempre há gente disponível para fazer essa auditoria. A Log4Shell, falha grave em uma biblioteca Java bastante usada, expôs como vulnerabilidades podem se espalhar rapidamente quando não há estrutura adequada de revisão.

Esses pontos não invalidam o modelo, mas mostram que o desenvolvimento aberto precisa de apoio, financiamento e engajamento para funcionar bem.

O que as empresas podem aprender com o open source?

Olhar para o ecossistema open source é entender como a colaboração pode ser produtiva em larga escala. É ver que transparência, agilidade e troca de conhecimento são ativos valiosos, o que pode (e deve) ser aplicados dentro das empresas.

Seja em times internos ou em squads externos, a lógica da construção coletiva melhora o ritmo de entregas, evita retrabalho e promove mais responsabilidade técnica. E isso vale tanto para produtos finais quanto para processos e integrações.

Empresas que adotam práticas inspiradas no open source, como documentação clara, revisão colaborativa e cultura de feedback, estão mais preparadas para crescer de forma escalável e sustentável.

Equipe de desenvolvimento discutindo um trecho de código na tela, com programadores concentrados em um ambiente de escritório moderno e colaborativo.

NextAge prega o desenvolvimento colaborativo

Aqui na NextAge, a gente entende que o desenvolvimento aberto é mais do que uma tendência: é uma forma eficiente, econômica e moderna de construir tecnologia.

Nossos times, alocados sob demanda em empresas de diferentes portes e segmentos, trabalham seguindo os princípios de colaboração e revisão constante herdados do open source. Isso nos permite entregar projetos mais flexíveis, adaptáveis e com maior controle por parte do cliente.

Quer acelerar seu projeto com profissionais experientes, tecnologia acessível e soluções inteligentes? Fale com a gente.

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