
Refatoração: a limpeza do código
Refatorar é o processo mais pontual e menos invasivo dos três. O objetivo principal da refatoração é melhorar a estrutura interna do código (o como) sem, de forma alguma, alterar o comportamento externo do sistema (o quê). Em outras palavras, o usuário final não vê diferença, mas o código por trás da aplicação se torna mais limpo, eficiente e fácil de dar manutenção.
Pense na refatoração como organizar um guarda-roupa. Você não está comprando roupas novas, mas sim dobrando, separando por cor e jogando fora o que não serve mais. O resultado é um guarda-roupa mais funcional, onde você encontra o que precisa muito mais rápido.
Essa prática é vital para a saúde de longo prazo do seu software. Ela combate a dívida técnica, o qual é o custo implícito da manutenção e das futuras alterações. Não é à toa que, segundo relatórios da indústria sobre Dívida Técnica, em média, as equipes de desenvolvimento gastam cerca de 40% a 50% do seu tempo apenas corrigindo bugs ou lidando com a complexidade de códigos mal estruturados. Refatorar regularmente reverte essa tendência, liberando o time para criar novos recursos e valor de negócio.
Quando Aplicar a Refatoração?
A refatoração é ideal para:
- Redução de dívida técnica: quando o código está confuso ou duplicado em partes específicas.
- Preparação para novos recursos: antes de adicionar uma funcionalidade complexa.
- Melhorar a manutenibilidade: tornar o sistema mais legível e diminuir a taxa de erros no futuro.
Migração: a mudança
A migração foca na infraestrutura ou no ambiente de execução do sistema. O objetivo é mover o sistema de uma plataforma para outra, na maioria das vezes, sem alterar drasticamente a lógica de negócio do código.
A migração é como mudar de casa. Você leva toda a sua mobília e rotina (a lógica de negócio) para um novo endereço (o novo ambiente/plataforma). Seus hábitos não mudam, mas o ambiente em que você vive, sim.
A migração é a escolha certa quando a tecnologia base está se tornando obsoleta ou quando há uma necessidade estratégica de custos, segurança ou escalabilidade. É um movimento com ganhos claros, pois estudos da Deloitte sobre adoção de Cloud apontam que empresas que migram sistemas legados para a cloud conseguem uma redução de 15% a 25% nos custos operacionais em um período de dois anos, além de ganhos exponenciais em escalabilidade e segurança. O risco é maior do que na refatoração, focado na compatibilidade da nova plataforma com o código existente.
Exemplos típicos de migração
- Migração para a Nuvem (Cloud Migration): mover a aplicação de um servidor local (on-premise) para uma plataforma de cloud computing.
- Atualização de framework: atualizar o backend para uma versão mais moderna do framework, onde a regra de negócio é preservada, mas a compatibilidade exige ajustes.
Reescrita (Rewriting): a construção do zero
A reescrita, também chamada de Big Bang, é a abordagem mais radical. Ela envolve descartar o código antigo e construir um sistema totalmente novo, utilizando novas arquiteturas, linguagens de programação e tecnologias.
Ao contrário da migração e da refatoração, a reescrita se preocupa com o futuro e com a capacidade de o sistema atual suportar novas demandas de negócio.
A reescrita só deve ser considerada em situações críticas, quando os benefícios de ter um sistema moderno superam os altos custos e riscos envolvidos. É o caminho mais arriscado, e os dados confirmam. Segundo o CHAOS report sobre falhas em projetos de TI, a taxa de falha (não entrega ou estouro de 50% do orçamento/prazo) para projetos de rewriting pode chegar a mais de 70% se não forem gerenciados com extrema precisão e planejamento. Escolha este caminho apenas quando o sistema se tornar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio. Na NextAge, nosso modo de desenvolver é feito através da metodologia 2.0, o que significa que nossos squads são formados por profissionais já validados, e o acompanhamento do seu projeto é feito por TechLeads. Dessa forma, a reescrita de sistemas deixa de ser um problema, e se torna mais um caminho para o sucesso do seu negócio.
Quando a reescrita é inevitável?
- Custo de manutenção proibitivo: se cada nova funcionalidade leva meses para ser implementada devido à complexidade do legado.
- Barreira arquitetural: se a arquitetura atual impede a adoção de recursos essenciais (o sistema não consegue ser integrado via APIs modernas).
- Obsolescência total: a tecnologia está tão antiga que não há mais profissionais no mercado que a dominem ou não existe mais suporte oficial.
O dilema do gestor: como escolher?
A decisão entre esses três caminhos requer um diagnóstico preciso.
Aqui está um resumo para ajudar na sua análise:
Resumo das informações
Processo | Objetivo Principal | Risco | Foco da Mudança |
---|---|---|---|
Refatoração | Melhorar a qualidade e performance interna. | Baixo | Código e estrutura. |
Migração | Mudar o ambiente de execução. | Médio | Infraestrutura e plataforma. |
Reescrita | Adotar novas capacidades de negócio. | Alto | Tudo (código, arquitetura e tecnologia). |
NextAge: seu parceiro estratégico na modernização de sistemas
A escolha entre refatorar, migrar ou reescrever é uma decisão estratégica que define o futuro da sua área de TI. Escolher o caminho errado pode significar meses de atraso e desperdício de recursos.
A NextAge sabe que a dor da atualização de sistemas para gestores de TI é complexa. Por isso, não entregamos apenas código, entregamos estratégia de modernização.
Nosso processo começa com um diagnóstico preciso de arquitetura de software, em que nossa equipe de especialistas avalia seu sistema para determinar qual é o melhor caminho, e o mais seguro, para o seu negócio.
Não arrisque o futuro da sua TI. Conte com a NextAge para transformar sua dor de atualização em uma vantagem competitiva.
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