Comecei como estagiário por volta de 2011 ou 2012, no segundo ano da faculdade. Tinha um professor cujo irmão trabalhava na NextAge. O professor forneceu o contato para o irmão, que indicou para a NextAge. A entrevista foi feita pelo próprio Marcelo na época. Passei na entrevista e fui contratado como estagiário.
Em cerca de 1 a 2 meses, fui efetivado. Naquela época, já tinha uma grande demanda, e eu conseguia desempenhar tarefas mais complexas. De lá para cá, enfrentei vários desafios.
Atuei principalmente como desenvolvedor, ganhando experiência em diversas tecnologias. Também fui analista por um tempo. Tive a oportunidade de atuar como consultor por um tempo em um sistema voltado para obras, chamado Plataforma NextAge. Durante esse período, fiz visitas a diversas obras, como um metrô na Bahia e um Estaleiro Naval em Recife, para entender e melhorar o sistema.
A experiência como consultor foi muito boa, envolvendo interação direta com clientes e trazendo informações valiosas para o desenvolvimento do sistema.
Em seguida, comecei a transição para a gestão de projetos, olhando para os projetos como um todo, entendendo atividades e ajudando outras pessoas. Enfrentei o maior desafio de todos: o da gestão de pessoas. Uma das partes mais interessantes e desafiadoras dessa trajetória.
Depois, assumi o cargo de diretor, com vários projetos em minha vertical e a responsabilidade de cuidar do escritório de Paranavaí.
Sempre tive uma conexão com a cidade, alguns de meus familiares moram em Paranavaí. Já visitava a cidade com frequência, mas, naquele momento, não tinha a intenção de morar aqui. Anos depois, por razões pessoais, acabei tendo que me mudar para Paranavaí.
Naquela época, gostaria muito de continuar trabalhando com a NextAge, pois sempre gostei muito de trabalhar para a empresa. Conversei com o Marcelo e contei que precisava vir morar aqui, mas queria continuar trabalhando na empresa. Marcelo disse que iriam tentar encontrar uma solução que funcionasse para todos. Em uma época em que não se falava sobre home office, não podia prometer muita coisa. Embora não fosse comum naquela época, ainda era possível trabalhar remotamente pela internet.
Foi assim que começou; eu vim para Paranavaí trabalhando home office por mais ou menos um ano e meio. Foi quando o Marcelo teve a ideia de construir o primeiro escritório físico para fazer as coisas acontecerem. Na época, foi uma notícia surpreendente para mim, e minha resposta foi: "por que não?". Sempre fui uma pessoa que gosta de desafios e está sempre aprendendo coisas novas.
Marcamos uma data, e o Marcelo veio até aqui com alguns equipamentos, como mesas, cadeiras, armários e alguns computadores.
Alugamos um lugar muito menor do que temos hoje, um apartamento que podia acomodar em média umas cinco pessoas, e foi ali que tudo começou. As coisas foram acontecendo, tivemos uma outra pessoa, logo foram 2, depois 5, depois 10. Foi quando começamos a buscar um espaço para comportar mais pessoas. Foi aí que viemos para onde é o escritório hoje, muito maior, com uma grande estrutura. Atualmente, estamos com uma média de 50 pessoas aqui conosco.
E, quem sabe, logo teremos que mudar para o terceiro local físico…
Desafios são um tema interessante de abordar, como mencionei antes, sou movido por desafios. Nesse sentido, acredito que meu primeiro desafio foi traçar minha carreira. Isso é algo que considero desafiador para qualquer pessoa, especialmente durante o final da adolescência, quando se começa a decidir o rumo a tomar na vida. Então, meu primeiro desafio foi refletir sobre o que realmente queria ser.
Eu já tinha afinidade com computadores; na época, eu já trabalhava e tinha interesse em TI, mexia com computadores e informática. Inclusive, meu pai tinha uma lan house, e eu sempre ficava mexendo nos computadores, lá na época da internet discada ainda. Considero que meu primeiro desafio foi optar por me tornar desenvolvedor.
O segundo desafio, acredito, foi aprender sobre o mundo da tecnologia, especialmente o desenvolvimento. É algo que não é fácil de compreender; quando se observa alguém desenvolvendo, alguém com experiência, pode parecer fácil, escrevendo alguns códigos e resultando em um aplicativo. Às vezes, parece ser algo simples, mas não é. Então, enfrentar esse desafio de aprender sobre tecnologia e desenvolvimento sempre foi algo muito gostoso para mim. Sempre gostei de tecnologia, e foi algo que, de certa forma, tive facilidade em aprender e compreender.
Um terceiro desafio considerável foi o escritório de Paranavaí, que acredito ser um dos maiores desafios de toda a trajetória. Iniciar um negócio em outra cidade, mesmo com apoio da NextAge, mas ainda sendo eu quem estava aqui, tanto para resolver, entender e tomar decisões. Creio que esse tenha sido um dos maiores desafios em minha carreira e vida.
Expandindo esse desafio, vem a aprendizagem sobre gerenciamento de projetos e de pessoas. Projetos eu já gerenciava antes, mas essa transição de criar um espaço físico e lidar com mais pessoas muda significativamente as dinâmicas. À medida que passamos de 2 para 5 pessoas, já é diferente, e quando chegamos a 50, torna-se algo completamente distinto. Foi um desafio considerável e continua sendo, pois a empresa está sempre em busca de evolução, crescimento e criação de oportunidades. Assim, essa será uma jornada constante de desafios.
Outro grande desafio foi durante a pandemia. Em um período onde ninguém sabia o que aconteceria, repleto de incertezas, especialmente para nossa área. Houve um distanciamento; estávamos juntos e, de repente, não estávamos mais, com incertezas sobre projetos e clientes. No final das contas, acabou sendo uma virada para nós como empresa. No período final da pandemia, experimentamos um dos maiores crescimentos da empresa e, consequentemente, do escritório de Paranavaí. Houve um salto significativo no número de pessoas em um curto período de tempo, e gerenciar essa transição foi um grande desafio.
Durante os 13 anos em que estive na NextAge, passei por muitos períodos distintos e experimentei diversos tipos de impacto. Começando pela aquisição de conhecimento, aprendi bastante na empresa e continuo aprendendo até hoje. Sempre há algo novo para ensinar e, principalmente, para aprender. Esse conhecimento teve um impacto significativo, principalmente no meu crescimento profissional, o qual, por sua vez, teve um impacto considerável na minha vida. Testemunhei um crescimento profissional notável, evoluindo de estagiário para diretor, atravessando vários processos, uma trajetória que persiste até o momento atual.
Sou imensamente grato à empresa, pois muitas mudanças ocorreram em minha vida pessoal ao longo desses 13 anos, como a mudança para Paranavaí, por exemplo. Presenciei o nascimento de filhos, a construção de minha família; tudo isso está interligado à minha história na empresa. Essas experiências impactaram não apenas no âmbito profissional, mas também na esfera pessoal. Experimentei uma mudança significativa de vida, tanto profissional quanto financeira. Construí minha família, e essa jornada coincidiu com a trajetória da empresa, elevando-me a um patamar melhor, especialmente financeiramente.
Acredito que sempre houve uma troca recíproca. Enquanto a NextAge e as pessoas depositaram confiança em meu trabalho, concedendo-me reconhecimento, também houve uma contrapartida. Sempre me esforcei ao máximo, dedicando muito esforço para fazer as coisas acontecerem na empresa. Contribuí da melhor maneira possível para auxiliar na construção de tudo isso. Essa relação de esforço mútuo foi fundamental para o sucesso conjunto.
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